A Exposição Colonial Portuguesa deu-se no Palácio de Cristal e nos seus jardins, no Porto, entre os dias 16 Junho a 30 de Setembro de 1934. Esta exposição teve em preparação desde 1931 pois o Estado Novo tinha como objectivo organizar um evento de dimensões nacionais. No meio de muitas dúvidas sobre o melhor lugar para decorrer esta exposição, chegou-se à conclusão que a melhor zona seria a do Palácio de Cristal, no Porto.
A exposição dividia-se em duas grandes secções: A secção oficial e a outra dedicada as iniciativas privadas. A secção oficial dispunha de quinze sub-secções: A secção da História, de forma a referir a história colonial desde 1415; outra destinava-se a apresentar os empreendimentos coloniais portugueses dos últimos quarenta anos; representação etnográfica; a demonstração do exército; os monumentos; o parque zoológico; outra mostrava o teatro e cinema oficiais; outra a livraria colonial; uma secção destinada a provas de produtos coloniais; um salão de conferências e congressos; uma outra de assistência médica e sanitária aos nativos.
Após visita aos jardins do Palácio de Cristal, os visitantes ficavam com a sensação de terem viajado pelo Império Colonial Português, pois, na exposição, estava simulado o Império Colonial em miniatura, onde era possível encontrar a floresta tropical, o deserto, uma picada angolana, aldeias típicas de todas as colónias, no lago tinha sido instalado um "arquipélago Bijagóz", e muitas outras simulações. Foram produzidos uma série de selos, desenhados por Almada Negreiros e gravura de Arnaldo Fragoso, emitidos pelos CTT, que representavam o busto de uma indígena africana.
O edifício principal do Palácio de Cristal estava transformado no Palácio das Colónias. Na zona central, encontrava-se a exposição oficial, que incluía referências aos portos marítimos, caminhos-de-ferro, missões religiosas, aspectos relacionados as colónias, entre outros, e que pretendia dar uma maior visão sobre todos os benefícios que a colonização tinha levado aos territórios de além-mar. Na ala direita, estavam expostos os participantes privados vindos das colónias e, na ala esquerda, foram colocados os participantes privados vindos da metrópole. O edifício principal incluía ainda um serviço de bar, teatro, hall para recepções oficiais, telefones públicos, sanitários e serviços administrativos.
Para qualquer ajuda que o visitante precisasse, havia o Guia Oficial do Visitante. Este Guia descrevia a exposição pormenorizadamente, sublimando o que se podia visitar ao ar livre e dentro do edifício. Incluía algumas fotografias dos locais considerados de maior interesse e ainda uma lista completa dos participantes privados (em ordem alfabética) e algumas páginas de anúncios. O Guia fornecia também um mapa dos jardins do Palácio, mostrando a localização exacta de todas as atracções.
O final da exposição marcou-se com o Cortejo Colonial que percorreu algumas ruas da cidade. Este cortejo pretendia não só representar as colónias, como também as diferentes províncias da metrópole. Foi organizado de maneira a formar uma marcha etnográfica que representasse o conjunto do mundo português. Um número elevado de homens e mulheres vestidos com trajes tradicionais com animais e veículos, representando as diferentes províncias portuguesas, marcharam ao longo de ruas apinhadas de espectadores.
Esta exposição usou-se como propaganda, pretendendo impor, tanto interna quanto externamente, que Portugal era um país vasto, uno e indivisível de um ponto de vista territorial, tanto no seu território europeu quanto nos territórios coloniais. Durante as décadas de 30 e 40, realizaram-se várias iniciativas propagandistas visando a encenação de Portugal como uma nação colonial imperial. Deste modo, surgem eventos com o mesmo fim um pouco por todo o mundo.
A exposição dividia-se em duas grandes secções: A secção oficial e a outra dedicada as iniciativas privadas. A secção oficial dispunha de quinze sub-secções: A secção da História, de forma a referir a história colonial desde 1415; outra destinava-se a apresentar os empreendimentos coloniais portugueses dos últimos quarenta anos; representação etnográfica; a demonstração do exército; os monumentos; o parque zoológico; outra mostrava o teatro e cinema oficiais; outra a livraria colonial; uma secção destinada a provas de produtos coloniais; um salão de conferências e congressos; uma outra de assistência médica e sanitária aos nativos.
Após visita aos jardins do Palácio de Cristal, os visitantes ficavam com a sensação de terem viajado pelo Império Colonial Português, pois, na exposição, estava simulado o Império Colonial em miniatura, onde era possível encontrar a floresta tropical, o deserto, uma picada angolana, aldeias típicas de todas as colónias, no lago tinha sido instalado um "arquipélago Bijagóz", e muitas outras simulações. Foram produzidos uma série de selos, desenhados por Almada Negreiros e gravura de Arnaldo Fragoso, emitidos pelos CTT, que representavam o busto de uma indígena africana.
O edifício principal do Palácio de Cristal estava transformado no Palácio das Colónias. Na zona central, encontrava-se a exposição oficial, que incluía referências aos portos marítimos, caminhos-de-ferro, missões religiosas, aspectos relacionados as colónias, entre outros, e que pretendia dar uma maior visão sobre todos os benefícios que a colonização tinha levado aos territórios de além-mar. Na ala direita, estavam expostos os participantes privados vindos das colónias e, na ala esquerda, foram colocados os participantes privados vindos da metrópole. O edifício principal incluía ainda um serviço de bar, teatro, hall para recepções oficiais, telefones públicos, sanitários e serviços administrativos.
Para qualquer ajuda que o visitante precisasse, havia o Guia Oficial do Visitante. Este Guia descrevia a exposição pormenorizadamente, sublimando o que se podia visitar ao ar livre e dentro do edifício. Incluía algumas fotografias dos locais considerados de maior interesse e ainda uma lista completa dos participantes privados (em ordem alfabética) e algumas páginas de anúncios. O Guia fornecia também um mapa dos jardins do Palácio, mostrando a localização exacta de todas as atracções.
O final da exposição marcou-se com o Cortejo Colonial que percorreu algumas ruas da cidade. Este cortejo pretendia não só representar as colónias, como também as diferentes províncias da metrópole. Foi organizado de maneira a formar uma marcha etnográfica que representasse o conjunto do mundo português. Um número elevado de homens e mulheres vestidos com trajes tradicionais com animais e veículos, representando as diferentes províncias portuguesas, marcharam ao longo de ruas apinhadas de espectadores.
Esta exposição usou-se como propaganda, pretendendo impor, tanto interna quanto externamente, que Portugal era um país vasto, uno e indivisível de um ponto de vista territorial, tanto no seu território europeu quanto nos territórios coloniais. Durante as décadas de 30 e 40, realizaram-se várias iniciativas propagandistas visando a encenação de Portugal como uma nação colonial imperial. Deste modo, surgem eventos com o mesmo fim um pouco por todo o mundo.
Selos com o busto de uma indígena africana.
Palácio de Cristal no Porto.
Seis vinhetas de selos da Exposição Colonial Portuguesa
Andreia Lopes